Wednesday, March 5, 2008

Historias inspiradas em Paula Rego II





War 
Rego, 2003
quadro inspirado na Guerra do Iraque

Um Exército de Robôs*

Um dia, num país desenvolvido, houve a ideia de serem criados robôs que pudessem formar um exército para conquistar outros países. Pesquisadores e cientistas trabalharam de dia e de noite, até que ao fim de um ano, o exército de robôs em forma de lobos, estava pronto. Não faltava o mais pequeno pormenor! Armas, tanques, fardas... e tudo o mais que um exército verdadeiro tem.


Agora, era só decidir qual o primeiro país a atacar! Depois, fazer o exército seguir para lá. E assim aconteceu! O país escolhido foi o Iraque. Quando os robôs lá desembarcaram, não perderam tempo. Como lobos esfomeados atacaram logo os soldados desse país, que curiosamente eram também robôs, mas estes tinham a forma de coelhos. Apanhados de surpresa, os coelhos-soldados, ficaram muito danificados: uns sem patas, outros sem pernas, e alguns, até com o sistema de contrôlo completamente avariado.

Entretanto, os lobos-soldados decidiram fazer uma pausa para carregar as baterias. E os coelhos-soldados aproveitaram para carregar também as suas! Prepararem-se o melhor possível para a luta que poderia demorar muito tempo... Assim aconteceu! Os robôs-soldados iam-se desfazendo, ora os soldados-lobos, ora os soldados-coelhos, sem que nenhum dos exércitos ganhasse esta guerra. Os proprietários das fábricas de soldados iam fazendo mais e mais robôs, porque nenhum país queria perder.

Apesar dos lobos-soldados serem mais fortes, os coelhos-soldados eram mais ágeis e como estavam na sua terra, tinham mais e melhores esconderijos.
Só que um belo dia, cansados de tanta guerra, e com saudades da paz, os dois exércitos de robôs decidiram contrariar as instruções dos seus comandos e parar de vez com os ataques!

Os soldados-lobos baixaram os braços e exigiram voltar ao seu país. Os soldados- coelhos exigiram voltar ao tempo em que apenas vigiavam as ruas das cidades e eram respeitados pelos habitantes do seu país. 

E assim, homens, mulheres e crianças puderam passear de novo em tranquila paz pelas ruas dos seus países.

Marta Xavier, 11 anos
6E | Março 2005
(história inspirada no quadro War de Paula Rego, Visita de Estudo a Serralves, Outubro 2004)

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 Proibido: Reprodução de fotografias e ilustrações dos alunos.



Tuesday, March 4, 2008

Histórias inspiradas em Paula Rego III





War 
 Paula Rego, 2003
Quadro inspirado na Guerra do Iraque

Um Sonho Mau*
A coelhinha Melanie deitou-se. Já era tarde, passava das onze horas. Mas, naquela noite não sabia o que tinha. Dava voltas e mais voltas na coelheira e o sono não chegava.

Ao seu lado, a mana Nini, a mana Mimi, e a sua mamã dormiam a sono solto. Fechou mais uma vez os olhos, e resolveu contar carneirinhos: Um, dois, três, quatro... finalmente, o sono estava a chegar!

- Mas… o que se passa?! Pum, pum, pum… O que é isto? São foguetes, são tiros, são bombas?!
Melanie vivia num país distante, chamado Iraque, na cidade de Falujah. O país estava em guerra, ouvia-se o rebentar das bombas. Melanie está cheia de medo. Aflita, começa a gritar:
- Mãe, mamã! Vamos fugir! Salva-me! Eu não quero morrer! Por favor mãe... socorro, socorro!!
A mãe coelha, mais as três filhotas coelhinhas Melanie, Nini e Mimi, corriam, corriam, sem saber para onde ir, o medo tomara conta delas. Olharam em volta, e o que viram elas?! Um bebé caído por terra, parecia morto, estava sozinho...
- Onde estaria a mãe? Onde estaria o seu pai? Onde estaria a família?!

Perto delas, um cão enorme, de cor castanha, com ar de mau atacava uma formiga. Mas elas repararam que era uma formiga diferente das outras! Era uma formiga gigante e não parecia ter medo do cão, apesar do ar feroz que tinha e dela não passar de uma formiga.
- Estranho! Uma mulher vestida de soldado levava um pau para se defender - porque as mulheres desse país também costumavam ir para a guerra.

Mais adiante, uma mulher idosa que parecia moribunda, estava a ser atacada por um pássaro enorme e medonho...

- Será uma águia? Um abutre? - Melanie não consegue distinguir.

Viu também uma gaivota que parecia muito assustada e quase a dar o ultimo suspiro. Naquele instante, Melanie dá um grito de dor:
- Mãe, ai o meu pé! Que dor!
Melanie, na correria louca, tinha caído, e torcera o pé, sem dar por isso.
Felizmente que a mãe estava por perto! Pegou em Melanie ao colo, enquanto a seu lado, a mana Mimi a olhava aterrorizada, e a mana Nini limpava as lágrimas.
- Será que também elas vão morrer? Parecia ser tudo que as esperava...
De repente, fica tudo muito, muito escuro, o céu com aquele azul carregado, quase negro, e via-se muito fumo. O barulho do rebentar das bombas tornava-se ensurdecedor. Ouviu-se mais uma vez - Pum, pum, pum…
Melanie gritou, gritou... até que acordou em sobressalto. Ainda ouvia os seus gritos! Olhou em volta, assustada e confusa.
Qual o seu espanto ao ver que afinal estava na sua coelheira, e tudo estava bem calmo.
Melanie
vive em Portugal. Afinal, não passara de um sonho mau! Respirou feliz:
- Ufa! Que alívio!

Ana Crespo, 11 anos

6E | Março 2005

(história inspirada no quadro War de Paula Rego, visita de estudo a Serralves, Outubro 2004)

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Histórias inspiradas em War de Paula Rego I





War 
Paula Rego (2003)
Quadro inspirado na Guerra doIraque

Pesadelo no Iraque*

Era uma vez um povo que vivia pobremente, mas com tranquilidade. Esse povo vivia num país chamado Iraque.


A maior parte dos homens eram altos, gordos e com bigodes. As mulheres eram baixas e com cabelo comprido. Caracterizava-se por ser um povo modesto e feliz, dizia-se...

Um certo dia, um inventor iraquiano, como não tivesse dinheiro, decidiu criar uma máquina que acabasse com os seus problemas financeiros. Tal máquina seria um engenho muito moderno, pois sempre que se carregasse em dois botões, um dourado e outro vermelho, iriam aparecer magicamente cinco moedas de ouro.

Quando se preparava para testar o seu engenho, um pedaço de cenoura caiu acidentalmente em cima, desaparecendo por um dos orifícios. E imagine-se!! Em lugar da máquina funcionar como o previsto, transformou as pessoas daquela cidade em coelhos!

Mas, isso nem foi o pior! O pior era que cada vez que as pessoas comiam uma cenoura, a dita máquina lançava uma bomba. E se as pessoas-coelhos não comessem as cenouras, morriam, pois todos nós sabemos que este legume é o 'prato típico' dos coelhos. Uma confusão!

Um ano depois, já tinham morrido 40 mil pessoas! E o inventor continuava vivo... Para acabar com o massacre do seu povo, o inventor até já tentara partir a poderosa máquina, mas esta era indestrutível!

Até que um dia, sem querer, deixou cair outro pedaço de cenoura mesmo em cima! E, num abrir e fechar de olhos, as pessoas voltaram à normalidade... isto é, voltaram a ser pessoas!

- Como é que podia ter sido tão estúpido?! - pensava ele - se a máquina tinha transformado pessoas em coelhos quando um pedaço de cenoura caíra dentro dela, era óbvio que para acabar com tal maldição, só introduzindo um outro pedaço de cenoura!!

O inventor foi levado a tribunal, condenado à morte, dado que mesmo involuntariamente, tinha causado milhares de mortes!

Mas querem saber uma coisa? Ele nem ficou muito triste... ao menos terminara com aquele pesadelo.

Vítor Ferreira, 11 anos
6E | Março 2005


(história inspirada no quadro War de Paula Rego, Visita de Estudo a Serralves, Outubro 2004)

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