Saturday, February 16, 2013

Miguel de Cervantes : Dom Quixote : Cartas a Dulcineia e Quixote, escrita criativa





Universidad de Castilla La Mancha

"La programación a desarrollar se basa en la universalidad de la obra en sí y de los valores que representa, y tiene como principal objetivo llegar a públicos de todas las edades, de todas las formaciones, de todos los intereses, y de todos los gustos y sensibilidades."

Centro de Estudios de Castilla La Mancha (UCLM)


E depois da celebração de Dom Quijote, bem como da leitura de O Meu Primeiro Dom Quixote, uma das actividades:


Escrita criativa:


  • Cartas de Quixote e Dulcineia


Meu querido e amado D. Quixote:

Gostei muita da carta que vós me mandastes.
Tenho montes de saudades vossas!
Já soube das vossas últimas aventuras. Estou muito orgulhosa de vós! Sois tão corajoso, bondoso e sábio…Fico sem palavras!
Anseio pelo vosso regresso.
Desejo-vos muita sorte!
Beijos da vossa amada,



Dulcineia


Inês Gil, 11anos, 5C


À minha amada Dulcineia:

Dulcineia, vossos olhos escuros transformam-se num mar quando olho para vós!
Vossos lábios vermelhos são como lindos cravos que abanam ao vento em dias de Verão.
Dulcineia, desde que vos conheci, não consigo pensar em outra coisa senão na vossa infinita beleza.
Sou um nobre cavaleiro apaixonado, que não consegue viver sem o vosso amor.
Vinde comigo por estas terras distantes, percorrendo todo o arco – íris de cores vivas que representa o meu amor pela mais bela donzela da região da Mancha.

Um nobre cavaleiro,

Quixote


Cláudia Carneiro, 11anos, 5C


Meu Amado D. Quixote:

Sois o mais valente dos Cavaleiros.
Não vejo a hora de me vires resgatar, desta vida sem sentido!
Vossos olhos e vossas palavras me encantaram.
Sempre que a noite cai, espero que as estrelas me contem novas vossas…
Oh! Se vós soubésseis a tristeza que é estar sem vós! Não poder partilhar os vossos feitos e aconchegar – vos no meu colo.
Peço – vos que tendes cuidado, não conseguiria sobreviver à vossa perda.

A vossa sempre amada,



Dulcineia


Carolina Quental, 5C, 10 anos


Minha amada Dulcineia

Como estais?
Vós sois a mais bela das donzelas!
Não vos consigo esquecer!
Vós sois a flor mais bonita que existe na Terra!
A luz que ilumina a minha vida.
Não consigo ficar um dia sem pensar em vós…
Vós sois deliciosa!
Vou ser-vos fiel por toda a minha vida.

Do vosso humilde apaixonado,



D. Quixote de La Mancha


Inês Gil, 5C, 10 anos



El Caballero don Qujote
Miguel

Na sequência do projecto Meu Primeiro Dom Quixote, foram propostas várias actividades de escrita criativa,





via Google Images



O Meu Primeiro Dom Quixote
tradução Alice Vieira (adaptação infantojuvenil
illustrações: Mingote (originais)

Na sequência do projecto Meu Primeiro Dom Quixote, foram propostas várias actividades de escrita criativa,

Nesta celebração do IV Centenário Dom Quixote, os alunos escreveram curtas mas imaginativas cartas de amor como motivação para o Dia de São Valentim.

Devo concluir que as alunas se sentiram muito mais inspiradas do que seus colegas, rapazes. Bem mais tímidos. 

Seleccionei apenas algumas das cartas amorosas mais originais e imbuidas de uma certa atmosfera do tempo do cavaleiro-poeta.

A Professora Formadora

G-Souto

16.02.2013
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 Proibida a reprodução de textos dos alunos.


Monday, February 11, 2013

Dom Quixote 1605-2005 : Recursos & Actividades Currículos Língua Portuguesa & IT







Ilustração Dom Quixote | Biblioteca Virtual de Portugal
http://purl.pt/

«Los niños la manosean, los mozos la leen, los hombres la entienden y los viejos la celebran; y, finalmente, es tan trillada y tan leída y tan sabida de todo género de gentes...» 

Quijote, II-III




Miguel de Cervantes
retrato: Juan de Jáuregui, por volta de 1600

Miguel de Cervantes Saavedra é o mais destacado escritor espanhol e uma das grandes figuras da literatura de todos os tempos. 





El Ingenioso Hidalgo Don Quijote de la Mancha
Miguel de Cervantes Saavedra

A sua obra-primaDom Quixote, considerado o primeiro romance moderno, é um clássico da literatura ocidental, sendo muitas vezez considerad um dos melhores romances já escrito.




Miguel de Cervantes
 Retrato de Eduardo Balaca
Em 1605, Miguelde Cervantes (1547-1616) deu à estampa a 1.ª parte de El ingenioso hidalgoDon Quixote de la Mancha, obra-prima da literatura universal cuja 2.ª edição saiu em Lisboa ainda nesse ano, 1605, completada com a 2.ª parte em 1615.


"El Ingenioso Hidalgo Don Quijote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, se publicó en dos partes a principios del siglo XVII, la primera apareció en 1605 y la segunda en 1615."




IV Centenario Dom Quijote de la Mancha
Castilla-La Mancha

No IV Centenário da 1ª edição (1605), Espanha leva a cabo grandes eventos que visam destacar toda a obra deste imortal autor. A região de Castilla-La Mancha viu-se assim no  centro do universo da obra de Cervantes.






Ilustração Dom Quixote | Biblioteca Virtual de Portugal

Portugal ocupa um lugar de honra dentro da representação iconográfica do Quixote, uma vez que os primeiros testemunhos conhecidos em que é dado ao cavaleiro um aspecto visual são portugueses e pertencem ao mesmo ano da publicação do romance de Cervantes.

« Amante de bem comer, menos de vestir, Dom Quixote gastava as suas muitas horas de ócio a ler livros de cavalaria, enchendo a casa de literatura cavaleiresca e embebendo-se «tanto na leitura, que levava as noites a ler, desde lusco-fusco a lusco-fusco, e igualmente os dias, desde sol a sol. E assim, de pouco dormir e muito ler, aconteceu ressecarem-se-lhe os miolos e toldar-se-lhe de todo o juízo»

Aquilino Ribeiro, como pode ler-se  nas primeiras linhas do romance na engenhosa tradução.


 


Dom Quijote
Miguel de Cervantes
ilustração Mingote

O engenhoso fidalgo Dom Quixote cavalga através das páginas de um álbum, magnificamente ilustrado pelo famoso humorista Mingote e traduzido do castelhano por Alice Vieira, que convida o leitor a descobrir de forma simples e divertida uma das melhores obras de todos os tempos.

Nota: Actualmente, faz do PNL : Livro recomendado PNL2027 dos 6-8 anos - leitura inicial



O Meu Primeiro Dom Quixote
tradução: Alice Vieira
ilustração: Mingote
Publicações Dom Quixote

Os alunos da truma C do 5º ano leram a obra O meu primeiro Dom Quixote, numa adaptação infantojuvenil de AliceVieira, ilustrada pelo humorista espanhol Mingote e editada por Publicações Dom Quixote, 1ª edição, 2005.

Aproveitando as celebrações dos 400 anos da publicação de Dom Quijote, os alunos fizeram um trabalho de pesquisa durante e após leitura do livro.








"Hola amigos, soy Miguel de Cervantes Saavedra y me imagino que sabéis que soy uno de los escritores más famosos de la historia pero permitidme que os cuente mi complicada vida (...)





Castilla-La Mancha

Eis as várias actividades que foram desenvolvidas em projecto trancurricular...


Actividades:

  • Biografia;
  • Retrato de Dom Quixote;
  • Ilustração de capa (trabalho de grupo);
  • Histórias na história (cartas de amor);
  • Exposição na biblioteca escolar, aberta.






Moeda comemorativa de Dom Quixote
España

A maior parte dos alunos teve a oportunidade de descobrir  Cervantes através de suportes pedagógicos adequados aos seus interesses, bem como ao nível de estudos e nível etário.

Desenvolveram várias actividades transcurriculares que muito os enriqueceu. Foi com entusiasmo que criaram textos, ilustrações, motivados pela leitura do livro Meu Primeiro Dom Quixote.






No final fez-se uma exposição onde os alunos expuseram todos os trabalhos elaborados ao longo do projecto. 

A exposição esteve aberta, como em anos anteriores, a pais, alunos e professores.


Professora Coordenadora
Gina Souto | Língua Portuguesa

Participação
Professores EVT 
Jorge Figueiredo | Graça Montenegro

Ano lectivo 2005-2006

G-Souto

11.02.2013

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Sunday, February 10, 2013

HCA - Novos Contos III




Hans Christian Andresen
 Christian Albrecht Jensen, 1836
http://upload.wikimedia.org/


De volta ao tempo dos castelos*


Era uma vez quatro personagens que viviam no reino da Dinamarca. O rei Astrojax, a Rainha Mãe, sua filha Fitocinderela, a mais bela donzela do reino. A família real vivia no castelo de Hindsgavl



A princesa Fitocinderela era muito bonita, mas infelizmente, como era da tradição, já tinha casamento marcado com o Barão Serpentão. Está bom de ver que a princesa não queria casar com o Barão, dado que ele era um homem velho. Além disso, o seu grande amor chamava-se Buziomax, o tratador de cavalos.

Certo dia, o rei marcou o jantar de noivado para a filha conhecer o seu pretendente. A princesa não queria comparecer, mas o rei exigiu, já que só pensava no sucesso e no dinheiro que sua filha iria ter se casasse com o velho barão. Não pensava na felicidade da menina, sua filha.


Na manhã que antecedia o jantar, as aias da princesa repararam que a mesma não tinha dormido em casa e avisaram o Rei. Este mandou de imediato os guardas à procura da sua filha. Passados uns minutos, apareceu um guarda muito aflito, quase gaguejava ao dizer:

- Buziomax, o tratador de cavalos de Vossa Alteza Real não se encontra no estábulo nem no reino e o cavalo da Princesa Fitocinderela desapareceu, bem como burro do Buziomax.

O rei ficou muito preocupado, mas essa preocupação transformou-se em fúria quando soube que a sua filha, a princesa Fitocinderela estava enamorada pelo tratador de cavalos, segundo lhe confessaram as aias da princesa, depois do Rei exigir a presença delas na salão principal do castelo.

As buscas continuaram. Mas mantinham-se infrutíferas! Nenhum sinal da princesa ou do seu enamorado tratador de cavalos.

Até que um dia apareceu no castelo um mensageiro, que soubera do desaparecimento da princesa. Afirmava ter visto a princesa e o tratador de cavalos na Floresta de Jutlândia. 

O rei preocupado com a data do casamento, pois só faltava uma semana para a realização do mesmo, mandou os seus guardas para floresta procurar os fugitivos. Os guardas encontraram os dois muito bem de saúde e trouxeram-nos de volta ao reino.

A princesa Fitoconderela ajoelhou-se aos pés de seu pai o Rei e pediu-lhe muito para que a deixasse casar com o homem que oseu coração amava.

O rei retirou-se com a Rainha Mãe e depois de uma longa conversa, chegou à conclusão que o mais importante era mesmo a felicidade da sua filha e não o sucesso e o dinheiro que ela poderia obter pelo casamento com o velho Barão Serpentão.

Deste modo, foi anunciado o noivado da princesa com o tratador de cavalos do reino que se realizou no dia previsto, com grande alegria dos súbditos e felicidade dos noivos.

Desde esse dia, viveram felizes para sempre. E ainda hoje se conta no reino a história dos dois jovens que casaram por amor, vencendo as barreiras sociais!

Carla Brito | Tiago Castro
Marta Xavier | Vítor Ferreira

Turmas 6ª ano E |G

Proibida a reprodução de textos dos alunos.



Hindsgavl Caslte | Denmark

* Aulas curriculares de Língua Portuguesa, técnicas de escrita criativa - criação de contos inspirados em Hans Christian Andersen 2005

Junho 2005

G-Souto

10.02.2013
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Proibida a reprodução de textos dos alunos.

Saturday, February 2, 2013

HCA 2005 - Novos Contos II







Uma viagem às Ilhas Fyn*



- Finalmente estou de férias! – pensou Sofia, com uma enorme alegria.



Dentro em breve, iria fazer uma viagem de sonho a bordo do “Queen Mary II”, num cruzeiro às Ilhas Fyn, na Dinamarca. Era um presente dos pais por ter tido boas notas nos exames finais. Prometera à mãe que faria um relato de toda a viagem. A mãe até lhe ofereceu um diário.

De certeza que iria ter muitas saudades dos pais. No entanto, a excitação não a deixava ficar triste.

O barco já estava no cais. Era enorme, parecia o “Titanic”! Sofia despediu-se dos pais e uma lágrima teimosa deslizou pela sua face. Tinha 17 anos, raramente se afastara deles. Não estava a ser fácil!

- Até breve querida, porta-te bem! – acenou-lhe a mãe, do cais.

Ao voltar-se, Sofia, viu um grupo de jovens da sua idade. Estavam muito animados, cantavam e riam. Quem lhe dera fazer parte daquele grupo! Era horrível estar sozinha! – pensou. Sentiu vontade de se aproximar deles e perguntar: 

- “Posso conhecer-vos”? Mas, faltou-lhe coragem para o fazer.

Parecendo adivinhar os seus pensamentos, um dos jovens começou a falar com ela:

- Olá, chamo-me Pedro, e tu como te chamas?

- Chamo-me Sofia - respondeu, com um grande sorriso. Já se sentia menos só!
Pedro apresentou-lhe o resto do grupo: a Marta, o João, a Catarina, o Tiago e a Joana. Pareciam todos muito simpáticos, e divertidos!

Pedro explicou-lhe então que estavam a fazer uma viagem de fim de curso. Tinham terminado o 12º ano, com excelentes notas e os pais tinham-nos premiado com aquela fabulosa viagem.

Sofia pediu ajuda aos seus novos amigos para encontrar o seu camarote. Tinha o número 304. Não sabia para que lado se havia de dirigir.

- O meu é precisamente ao lado do teu, disse-lhe Pedro, é o 303. Vem comigo!

Engraçado! Acabava de os conhecer e, no entanto, parecia que já se conheciam há muito, muito tempo!!

Todos os dias, Sofia ia anotando no seu diário pormenores da sua viagem.

Quando chegaram à Dinamarca, as ilhas Fyn eram lindíssimas! A água do mar era muito límpida, parecia um espelho, de tal forma que, de vez em quando, aparecia um peixe. E viam-se as estrelas do mar reflectidas nas noites de luar.

Uma tarde, estavam todos a conversar, quando de repente a Catarina, os chamou muito aflita:

- Ei! Ei! enham cá depressa! Corram, rápido!!

Precipitaram-se todos em direcção à Catarina. Nem acreditaram no que viram! Parecia mesmo um sonho! Um grupo de golfinhos, em pleno mar do Norte, já fora do seu habitat, o oceano Atlântico, davam saltos e emitiam sons de contentamento. Pareciam muito felizes por comunicar com pessoas e eram imensamente brincalhões!

- São lindos! - exclamou Pedro.

- Nem acredito! suspirou Sofia. Nunca pensei que algum dia teria a oportunidade de ver golfinhos a brincar livremente, no mar! 

Era simplesmente maravilhoso! Depois, os golfinhos lá se afastaram, nadando em direcção ao habitat natural.

Os dias foram passando, depressa de mais, na opinião de Sofia. E sábado chegou! O último dia do cruzeiro!

Sofia sentia saudades dos pais, é verdade! Assim, estava ansiosa por voltar a abraçá-los. Mas, por outro lado, sentia-se muito triste, porque iria deixar os seus novos amigos tão divertidos e com quem tinha partilhado momentos únicos.



Iria sentir saudades, sobretudo de um deles... Pedro! Era um amigo especial! Junto dele sentia-se tão feliz! Nesse dia, notou que também Pedro estava mais calado do que o habitual, parecia até um pouco tristonho.


Pedro, adivinhando o seu olhar, chamou-a:

- Sofia, anda cá! Tenho uma surpresa para ti! Espero que gostes!

Retirou do bolso um pequeno embrulho e deu-lho. - O que seria?! - pensou Sofia com curiosidade. Sentia o coração aos pulos, as mãos a tremer, e desembrulhou rapidamente a prenda. Dentro de uma caixinha estava um lindo colar feito com conchas do mar que Pedro comprara, numa das saídas do barco, sem que ela tivesse reparado.

- Oh! Pedro! Tão lindo! - exclamou Sofia, emocionada.

- Gostas?! É para ti, para que nunca te esqueças de mim e dos momentos que passámos juntos.

Sofia olhou-o nos olhos, e abraçou-o feliz!

No diário que a mãe leria, Sofia não anotaria este momento delicioso! Entendem, não é?!


Ana Catarina Crespo | Joana Pereira
António Archer | Pedro Reis

Turmas E e G | 6º Ano

Proibida a reprodução de textos dos alunos.


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* Aulas curriculares de Língua Portuguesa, técnicas de escrita criativa - criação de contos inspirados em Hans Christian Andersen 2005

Junho 2005

G-Souto

02,02.2013
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 *Proibida a reprodução de textos dos alunos.